“Eu tenho responsabilidade com os mais de 11 milhões de paranaenses”, diz Cida Borghetti
O governo do Estado vai retomar a discussão sobre o reajuste do funcionalismo público após as eleições. Foi o que garantiu a governadora Cida Borghetti (PP), que é candidata A reeleição, durante participação no debate da TV Band, na noite de ontem.
“Em respeito aos servidores e à população paranaense, vamos retomar o diálogo com os servidores após as eleições”, disse Cida, lembrando que o assunto deve ser olhado tecnicamente e não com viés eleitoreiro. “Recebi um orçamento que previa zero de aumento. Destravamos as negociações da data-base do funcionalismo. Mandamos uma mensagem responsável para a Assembleia Legislativa em respeito ao contribuinte e à população paranaense”.
Cida destaca que, dentro das possibilidades do Estado, propôs 1% de reposição aos servidores do Executivo e que pediu que os demais poderes também aplicassem o mesmo índice. A bancada de deputados aliados ao candidato Ratinho Junior (PSD) fez uma emenda à proposta alterando o índice para 2,76%. “Agimos com a responsabilidade que este assunto merece. O índice proposto pela oposição era inviável aos cofres públicos e a proposta foi retirada da pauta”, esclarece a candidata do PP.
“Uma medida eleitoreira inviabilizou a continuidade das discussões. Eu tenho responsabilidade com os mais de 11 milhões de paranaenses. Tenho que cuidar das finanças do Paraná e olhar para o futuro”, afirmou a governadora. “Estudamos com os técnicos da secretaria da Fazendo um percentual possível. Quando enviamos a proposta de 1% foi em respeito aos funcionários públicos, para destravar a bata base”, explicou.
De acordo com Cida, 90% dos deputados que emendaram o projeto do Executivo tinham votado pelo congelamento da data-base dos servidores na lei orçamentária de 2018, aprovada no ano passado.
Mesmo com o assunto adiado para depois do pleito, os servidores não ficaram desamparados. A governadora ressaltou que este ano foram destinados R$ 281 milhões para quitação das promoções e progressões dos servidores estaduais, que equiparou o salário de 6,5 servidores educação que recebiam abaixo do piso regional e aumentou o vale-transporte para 15 mil profissionais da área.
Além disso, a governadora também lembrou do pagamento de uma dívida trabalhista que se arrastava há décadas. A medida pôs fim a uma ação ajuizada há 28 anos por profissionais da educação contratados pelo regime CLT, que cobravam às diferenças salariais em relação ao piso do magistério estadual.